M.V. Beatriz Mattes

M.V. Beatriz Mattes

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Filhotes de gatos - cuidados com a saúde

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Filhotes de gatos – Fases de vida


  • Período pré-natal – últimas semanas da gestação até o parto
  • Período neonatal – (onde ocorre a maior taxa de mortalidade) que é o período do parto até o 10º dia (onde ocorre abertura dos olhos)
  • Período de transição – entre o 10º e 20º dias
  • Período de socialização – entre 3ª e 8ª semanas
  • Período juvenil – da 8ª semana até a puberdade.

  • Filhotes de gatos – Período neonatal

    Nesta fase os olhos e ouvidos ainda estão fechados, e os gatinhos são poiquilotérmicos parciais, ou seja dependem da mãe e irmãos para manter a temperatura corpórea. Nessa fase a temperatura interna dos gatinhos é cerca de 3ºC mais baixa do que aquela observada por volta das 5 semanas de vida (35.5ºC ao invés de 38,5°C) e por isso são muito sensíveis ao frio. Quando lhes falta calor, seus movimentos tornam-se mais lentos e ficam até impossibilitados de mamar.

    Filhotes de gatos – Tato, Olfato e Paladar

    O tato, olfato e paladar já são funcionais, eles mamam a cada 1-2 horas e dormem a maior parte do tempo. O cordão umbilical cai aos 2-3 dias, e a ingestão do colostro se dá entre 24 e 72 horas, sendo fundamental para a saúde do gatinho. A colonização bacteriana intestinal de dá por volta de 2 dias a 5 semanas, por isso é bem importante evitar antibióticos nesta fase.
    Na fase neonatal os maiores problemas que podem ocorrer são: hipóxia, defeitos congênitos, hipotermia severa, hipoglicemia, desidratação, má digestão pneumonia por aspiração, eventração, septicemia, síndrome do leite tóxico (no caso de mastite na mãe), isoeritrólise neonatal (incompatibilidade dos tipos sanguíneos da mãe e filhote), síndrome hemorrágica e morte súbita. Qualquer alteração que se note nesta fase deve ser levada imediatamente para uma avaliação de um veterinário, sendo que os principais sinais observados são fraqueza, debilidade, vocalização, inquietude, isolamento dos demais, vomito e diarréia.

    Filhotes de gatos – Período de transição

    Nesta fase ocorre o aparecimento dos dentes incisivos e caninos decíduos, e ocorre a maturação sensorial e da audição. Inicia a conduto instintiva de desmame, eles defecam e urinam sozinhos a partir da 3ª semana, e nesta fase já dormem menos. Ocorre o estabelecimento dos primeiros vínculos, o apego cria-mãe se torna a referência e já começam as brincadeiras, respondem mais a estímulos, a mãe começa “castigar” e não se deve interferir. Deve-se cortar as unhas para não machucar a mãe durante as mamadas. Os gatinhos dobram de peso em 14 dias e triplicam na terceira semana.

    Filhotes de gatos – Período de socialização

    Nesta fase deve iniciar a inibição da mordedura, brincadeiras e interações, experiências táteis, contatos com outras espécies. A orientação auditiva ocorre entre 25-28 dias e a visual em 4 semanas. A ruptura do apego com a mãe ocorre por volta de 6 semanas onde se inicia atividades exploratórias, contatos, interações, captação das experiências do meio externo, respostas ao medo e ao desconhecido, nesse período deve-se acostumar com barulhos, com saídas e ter experiências agradáveis com o veterinário.

    Filhotes de gatos – Necessidades hídricas

    As necessidades hídricas dos filhotes são de 130-180ml/kg/dia e calóricas de 220kcal/kg/dia. O uso da vasilha sanitária se dá por volta de 3 semanas.
    O período de maior susceptibilidade à doenças ocorre entre 5 e 8 semanas de vida, onde os anticorpos adquiridos da mãe começam a declinar, e uma boa resposta imunológica se dá entre 8 e 12 semanas ( período que se inicia o protocolo vacinal).

    Filhotes de gatos – Desmame

    O início do desmame se dá entre 3 – 6 semanas e deve ser no máximo até 7 semanas. Deve-se ir separando a mãe e iniciando alimentos pastosos na 3ª semana, entre 5 e 6 semanas já podemos introduzir alimentos sólidos. Os gatinhos devem ter alimento ad-libidum (ou seja, oferecidos à vontade durante todo o dia). O desmame deve ser bem planejado, progressivo e lento, para adaptação do trato gastrintestinal e enzimas digestivas. Se o desmame ocorrer de forma rápida e precoce, o gatinho fica com “mania de sucção” mamando em cobertores, roupas ou qualquer objeto.

    Filhotes de gatos – Cuidados

    Exame clínico, vacinação deve ser feito entre 6 e 8 semanas, assim como profilaxia para endo e ectoparasitas. Deve-se realizar o exame de FIV/FeLV (no caso de fiv positivo, deve-se repetir após 6 meses de vida). Deve-se ficar atento ao ambiente, para evitar quedas, choques, corpo estranho (principalmente fios e linhas), e hipoglicemia por jejum prolongado e estresse.

    Filhotes de gatos – Controle Parasitário

    O controle parasitário se inicia na 2ª semana, sendo que os principais parasitas são:

  • Ascarídeos (ou “lombrigas”) – ocorre em cerca de 20% dos animais, sendo que em gatis pode chegar a 60%. Fazem o ciclo entero-pneumo-enteral, causando tosse, emagrecimento, distenção abdominal, vômito, diarréia e constipação. É uma zoonose, ou seja, pode ser transmitido ao homem. A transmissão se dá pela via placentária (10 dias) e via amamentação (por volta de 5 semanas).
  • Ancilostomídeos (se alimentam de sangue) – mais relacionado a ambientes úmidos e com grandes populações. A transmissão é por via transcutânea ou ingestão, e também se trata de uma zoonose. Ocorrem pápulas cutâneas, rouquidão, pneumonia, anemia grave e gatroenterite hemorrágica.
  • Teníase – entre 6 e 8 semanas, ocorre fezes pastosas e prurido anal. Se trata de uma zoonose , principalmente para crianças, e a forma de transmissão é por ingestão.
  • Giárdia: é um protozoário, também uma zoonose, a transmissão se dá pela ingestão dos cistos (que são resistentes à umidade e sensíveis ao calor) ocorre entre 4 e 5 semanas, causando diarréia, emagrecimento, polidipsia (sede intensa).

  • Filhotes de gatos – Vermifugação


  • 2, 4, 8 e 12 semanas de idade
  • 4, 5, e 6 meses de idade. Após a cada 4 ou 6 meses de idade, dependendo do estilo de vida do gato
  • Na gestante, deve ser antes da cobertura e 10 dias antes do parto.

  • Filhotes de gatos – Imunização

    Imunização passiva: ocorre através da placenta e do colostro. O colostro deve ser ingerido entre 6h-24h, e os níveis de anticorpos dependem da taxa sérica da mãe, do tamanho da ninhada (nível menor em ninhadas maiores que 5 filhotes), da precocidade da primeira ingestão, e da permeabilidade intestinal individual.

    Filhotes de gatos – Vacinação

    As vacinas podem ser inativadas ou atenuadas.

  • No caso das inativadas, na primeira dose ocorre a sensibilização do sistema imune e na segunda dose uma elevada produção de anticorpos.
  • Nas atenuadas, na primeira dose ocorre elevada produção de anticorpos e na segunda dose não corre nenhum efeito imunológico, sendo necessária apenas para evitar a interferência dos anticorpos maternos.

  • Filhotes de gatos – Vacinas inativadas

    As vacinas inativadas são indicadas para fêmeas prenhes, e FIV ou FeLV positivos, pois não ocorre o risco de reversão da virulência (reações vacinais causando sintomas da própria doença)

    Filhotes de gatos – Vacinas atenuadas

    As vacinas atenuadas são indicadas para gatis, pois ocorre uma resposta mais rápida. Não deve ser aplicada em fêmeas prenhes ou animais imunossuprimidos, nem em filhotes menores de 4 semanas de vida.

    Filhotes de gatos – Vacinas essenciais

    São vacinas Essenciais: contra panleucopenia, herpervirus e calicivirus, assim como anti-rábica.

  • Panleucopenia: a primeira dose deve ocorrer entre 8 a 9 semanas, e a segunda entre 12 e 14 semanas. A duração dos anticorpos maternos varia de 6 a 8 semanas, e revacinação deve ser anual.
  • Herpervírus: A vacinação protege os gatos da doença, da excreção viral e da recorrência da doença, mas não protege contra a infecção e desenvolvimento do estado de portador. Gatos nunca vacinados devem receber duas doses, independente da idade. A duranção dos anticorpos maternos é de cerca de 4 a 10 semanas, e a revacinação deve ser anual.
  • Calicivirus: protege os gatos da doença, mas existem cepas diferente entre as vacinas. A vacinação não protege contra a infecção e excreção viral. Gatos nunca vacinados também devem receber de duas a três doses, a duração dos anticorpos maternos é de 4 a 14 semanas e a revacinação deve ser anual.
  • Vacina anti-rábica: zoonose grave, incurável. vacina exclusivamente inativada, obrigatória pela legislação. A duração dos anticorpos maternos é de até 12 semanas, a revacinação deve ser anual.

  • Filhotes de gatos – Vacinas não essenciais

    Vacinas não essenciais,, que devem ser usadas de acordo com cada ocasião avaliando-se o risco/beneficio : Clamidiose e Leucemia Viral Felina.

  • Clamidiose: é uma vacina não essencial, protege contra a doença, mas não contra a infecção. O risco real de exposição é em gatis. A primeira dose deve ocorrer de 8 a 10 semanas, a duração de anticorpos maternos é de 4 a 8 semanas, e a revacinação é anual.
  • Leucemia Felina: Vacina não essencial, somente para gatos com risco real de exposição, o ideal é testar antes. Os anticorpos maternos duram de 4 a 8 semanas, e a vacina não protege contra infecção, sendo que podem ocorrer testes transitoriamente positivos. A primeira dose deve ser entre 8 a 9 semanas, com revacinação anual.

  • Filhotes de gatos – Período Juvenil

    De 8 semanas até a puberdade. Nesta fase ocorre o desenvolvimento motor e comportamental, ocorre a independência da mãe e irmãos, normas de higiene, micção, defecação. Neste período é recomendada a castração dos animais, antes que entrem na fase reprodutiva,. Evitando doenças relacionadas a produção hormonal, como tumores de mamas principalmente.

    Gatos – Puberdade

    Maturidade sexual e capacidade reprodutora. Na fêmea ocorre o primeiro cio, por volta de 4 a 12 meses e no macho o aparecimento de espículas penianas, capacidade de cópula e ejaculação. Muitos fatores podem influenciar, como peso, fotoperíodo, deficiências nutricionais, presença de indivíduos da mesma espécie. Aqui o gatinho está pronto para iniciar a vida adulta.
    Dra. Beatriz Rose Mattes CRMV-SP 19478
    Felinos

    segunda-feira, 23 de setembro de 2013

    Gatas no cio – E agora? Cuidados e sinais - www.petshopportal.com

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    As gatas são animais poliéstricas estacionais, poliéstricas porque apresentam vários cios durante o ano, e estacionais por estar relacionado com luminosidade, ou seja, a atividade sexual não é contínua. A fase de reprodução está relacionada à duração da iluminação,  quanto maior a luminosidade, maior atividade reprodutiva.

    Ciclo Reprodutivo

    Na gata não ocorre o típico sangramento em determinado momento do ciclo reprodutivo, por isso para identificarmos o cio dos felinos há necessidade de conhecer sobre o comportamento. Nessa fase a gata urina diversas vezes, arqueia o dorso e desvia a cauda ao ser tocada, mia intensamente e esfrega-se por todos os lugares.

    Primeiro Cio

    Geralmente o primeiro cio é quando a gata atinge de 4 a 12 meses,  com um peso de 2,3 a 2,5 Kg ( cerca de 65 a 70% do peso adulto). As raças de pelo longo, como as persas,  costumam a ter o cio mais tardio e as siamesas são mais precoces.

    Fases do ciclo reprodutivo

    O ciclo reprodutivo da gata se divide em quatro fases distintas:
  • 1ª fase: Proestro:  possui duração de 12 horas a 2 dias, nesta fase a gata se encontra atraente para os machos mas não receptiva, ou seja, não aceita a aproximação do macho. Existe uma pequena secreção vaginal mucoide, urina varias vezes e tem aumento das glândulas mamárias.
  • 2ª fase: Estro: é o cio propriamente dito, tem duração de 2 a 19 dias e pode ocorrer a cada 14 a 21 dias. Nesta fase a gata se torna receptiva ao macho e apresenta comportamentos peculiares, como arquear o dorso, desviar a cauda ao ser tocada e esfregar-se nos locais e vocalização (miados). A gata tem ovulação induzida, ou seja, só ovula se houver a cópula (se cruzar com o macho).
  • 3ª fase: Interestro: duração de 2 a 19 dias, ocorre se a gata não ovulou, ou seja, quando não houve contato com o macho.
  • 4ª fase: Diestro: é a fase que ocorre após a ovulação. Se não foi fertilizada pode ocorrer a pseudociese, conhecida como “gravidez psicológica” onde a gata pode apresentar comportamento de gestante, durando cerca de 40 a 50 dias, inclusive com produção de leite. Se houve fertilização, a gata está gestante. A gestação pode durar cerca de 64/66 dias.
  • Diagnosticando a Gestação

    Com 4 a 5 dias, já existem embriões nos cornos uterinos e a  implantação deles (gestação propriamente dita) ocorre  após cerca de 12 a 13 dias. A taxa de implantação é de 84% (ou seja, cerca de 8-9 em cada 10 gatas que ovularam serão gestantes.

    Confirmação da gestação

    A confirmação da gestação se dá pela coloração das mamas, que ficam mais rosadas, pela palpação abdominal (realizada por um médico veterinário) a partir de 17 a 25 dias os filhotes já são ‘palpáveis”. A ultrassonografia é útil a partir de 22 a 28 dias, e vai detectar os batimentos cardíacos fetais, a movimentação dos fetos e viabilidade dos mesmos. Para saber a quantidade de fetos o exame de escolha é o raio-x, mas só deve ser realizado após 45 dias da gestação.

    Secreção Vaginal

    Se houver presença de secreção vaginal durante a gravidez pode significar abortamento, a gata deve ser levada imediatamente ao médico veterinário para avaliar a situação. Se essa secreção ocorre no final da gestação pode significar partos prematuros ou necessidade de cesariana.

    Cuidados com a Gata gestante

    A gata gestante necessita de alguns cuidados, principalmente relacionados a alimentação, uma vez que o requerimento energético aumenta de 25 a 50% em relação a manutenção. As gatas devem receber alimentação de filhotes, nesta fase ganham cerca de 40%  mais de peso. No parto perdem 40% do que ganhou e durante a lactação a necessidade energética pode aumentar em 6x, nesta fase ela perde cerca de 60% do peso que ganhou.

    O Parto

    O parto pode durar até um dia inteiro. Podemos dividir o parto em 3 fases:
  • 1ª fase: ocorre nervosismo, lambedura, a fêmea prepara um ninho, se esconde, ronrona, pode ocorrer vômitos, choro, contrações leves. A temperatura corpórea cai para cerca de 37ºC
  • 2ª fase: onde ocorrem as contrações mais fortes e o nascimento. Dura em média 6 horas, com intervalos de 30 a 120 minutos entre os fetos.
  • 3ª fase: Passagem da placenta. O primeiro e o último filhote são os mais preocupantes, o primeiro para ter certeza que o canal esta aberto, e o último, por exaustão da gata, pode não ter força suficiente para contrações e nascimento.
  • Contrações

    Se houver contrações fortes por mais de 60 minutos sem nascimento de filhotes é sinal que algo está errado e a gata precisa passar por uma avaliação veterinária, necessitando de manobras com cesariana.
    Uma secreção vaginal escura é normal cerca de até 3 dias após o parto. Se houver presença de sangue ou pus, pode indicar uma infecção e deve ser avaliada.

    Após o parto

    Após o parto a gata pode voltar ao cio em torno de 1 mês, inclusive podendo engravidar enquanto ainda amamenta.
    O desmame ideal deve ocorrer entre 3 a 6 semanas, quando a mãe já pode ser castrada.

    quinta-feira, 23 de maio de 2013

    Panleucopenia Felina

    Chegamos ao outono, época de preocupação especial com a panleucopenia felina...


    Panleucopenia Felina é uma grave doença viral, que atinge principalmente filhotes, e a mortalidade gira em torno de 90%



    O vírus causador é o parvovírus felino, um vírus facilmente transmissível e extremamente resistente.



    A doença caracteriza-se por febre, perda de apetite, prostração, vomito, diarréia, ulceras orais, desidratação severa, morte subita (que muitas vezes é confundida com envenenamentos).


    O contágio é feito por contato direto entre os gatos doentes, fomites (potinhos de agua, ração, caixas sanitárias, caminhas, etc) e também por aerosóis quando o trato respiratório está comprometido. 

    Após a recuperação da doença clínica, o vírus pode ser eliminado por 6 semanas!

    Quando gatas prenhes são infectadas, os gatinhos podem nascer com lesões cerebelares, que são melhor observadas quando eles começam a andar, entre outras má formações.

    A panleucopenia deve ser considerada em todo caso agudo de vomitos e diarréia em gatinhos jovens, principalmente quando a vacinação está incompleta.

    O diagnóstico é feito pela avaliação clínica e exames laboratoriais, como o hemograma que vai revelar uma panleucopenia severa (diminuição de todas as células brancas do sangue).

    O prognóstico é de reservado a ruim, devido à rápida desidratação e à pouca idade que geralmente os doentes apresentam.

    Os animais doentes requerem um tratamento intensivo, trabalhoso e dispendioso, entretanto aqueles que sobrevivem aos 5 primeiros dias têm grande chance de recuperação, isso porque a patogenicidade do vírus se torna reduzida após esse período.

    A prevenção da panleucopenia se dá pela correta vacinação dos filhotes e pela revacinação anual, para que os níveis de anticorpos permaneçam seguros!


    Coxinha, diagnosticado com panleucopenia felina.



    Nha Benta "milagrinho" - totalmente recuperado



    Pink, durante tratamento, recebendo papinha na seringa 


    Milagrinho..


    quinta-feira, 19 de julho de 2012

    Complexo Gengivite Estomatite dos Felinos

    É uma doença da cavidade oral comum em felinos, que resulta em inflamação grave e cronica e ulceração de gengiva, mucosa alveolar, palato mole, lábios, língua, faringe e orofaringe.

    Apesar de uma única etiologia não ter sido ainda determinada, é provável que seja uma doença multifatorial refratária com um componente imunomediado. Mesmo com uma correlação com numerosos agentes bacterianos e virais, nenhum foi identificado como dominante comum para a doença.

    Animais infectados pelos vírus da Leucemia e Aids felina são mais predispotos.

    Existem duas formas principais, o primeiro tipo, a condição é quase congênita, porque sinais detectáveis comumente se manifestam logo que os dentes descíduos aparecem e geralmente continuam ao longo da vida do animal. Nessa forma, existe uma boa razão para considerar a transmissão placentária da infecção ou condições hereditárias que podem deixar o animal susceptível a doença.

    O início da forma secndária é usualmente ao redor dos sete anos de idade e normalmente continua ao longo da vida do gato.

    Os sinais clínicos variam de acordo com o tipo e gravidade das lesões  e incluem halitose, ptialismo, relutância de permitir o exame da cavidade oral, cabeça recuada alterações comportamentais agressivas, pateamento de face, redução dos hábitos de toalete, dificuldade de apreensão de alimentos, preferência por alimentos úmidos, ciclos de anorexia e perda de peso e linfoadenopatia submandibular.
    Alguns pacientes apresentam períodos de remissão dos sinais clinicos.

    Roger, SRD, 8 anos. Os sinais são inflamação dos tecidos moles orais e alterações proliferativas.


    Por ter uma etiologia tão complexa, torna-se muito difícil uma cura a 100%
    O tratamento baseia-se em uso de antibióticos, drogas imunossupressoras e profilaxia dentária, assim como manejo da dor.
    Em casos refratários, pode-se optar pela extração parcial ou total dos dentes, mas alguns pacientes ainda apresentarão lesões e irão requerer terapêutica médica após esses procedimentos.

    


    segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

    HEMOPLASMOSE FELINA: O perigo das pulgas!

    A Hemoplasmose felina, também é conhecida como Anemia Infecciosa Felina e é causada por uma bactéria que parasita os eritrócitos, chamada Mycoplasma haemofelis, gram negativa, firmemente aderida a membrana do eritrocito, hoje é considerada um micoplasma, anteriormente era considerado uma riquétsia (hemobartonella fellis)
    A transmissão se dá principalmente por meio de vetores artrópodes, que são as pulgas, mas também há transmissão vertical.


    Os gatos afetados geralmente apresentam palidez, prostração, picos febris, icterícia e esplenomegalia (aumento do baço).

    Palidez de mucosas

    O diagnóstico é feito através de exames de sangue, hemograma completo e pesquisa do parasita em lamina. Existe também testes específicos por PCR. Os animais positivos devem ser testados para FIV/FeLV, pois se trata de um microrganismo oportunista.

    Pinochio: diagnosticado com Mycoplasma haemofellis

    O tratamento é baseado em antibióticos adequados, suplementos, em alguns casos corticoides e muitas vezes há necessidade de transfusão sanguínea.
    O gato tratado geralmente se torna portador, não podendo mais ser um doador de sangue. Raramente ocorrem recidivas, exceto nos casos de animais FIV ou FeLV positivos.

    O controle das pulgas é uma forma eficaz de prevenção!






    quarta-feira, 16 de novembro de 2011

    CONTAGEM REGRESSIVA PARA O 4º BAZAR DE NATAL DA ONG ADOTE UM GATINHO

    Está chegando....
    Apaixonados por gatos não podem ficar de fora!!! além de fazer suas comprinhas de natal, você ajuda os gatinhos da ong ADOTE UM GATINHO!! ;-)
    Agendas, calendários 2012 com fotos dos nossos gatinhos!!!
    comedouros, canecas, havaianas, cadernos, caminhas, chaveiros, canetas...
     E esse ano tem novidades!! uma linha exclusiva de produtos sobre gatinhos pretos! :-)

    Se animou? Além dos artigos AUG, teremos a presença de mais de 15 parceiros e seus produtos lindíssimos com temática felina. Teremos também maquiagem de gatinho para as crianças, videos com a retrospectiva 2012, sorteios de prêmios e muito mais!

    Este ano o Bazar será realizado em dois salões no Clube Piratininga, que somam 1.000 m2. Escolhemos o local pensando no conforto de todos: o acesso de ônibus e metrô é fácil. Para quem vai de carro, existem vários estacionamentos na região e também ofereceremos serviço de manobrista na porta.

    Estamos cheias de expectativas e esperançosas de que vamos conseguir, mais uma vez, levantar fundos para cuidar dos nossos 350 gatinhos e seguir nosso trabalho adiante, resgatando, tratando e doando. Vocês, que acompanham o nosso trabalho todos os dias pelo site, Facebook, Twitter, Blog e por meio dos nossos boletins não podem deixar de comparecer e realizar essa grande festa com junto com a gente!

    Nós e os gatinhos contamos com a presença de vocês!



    sexta-feira, 9 de setembro de 2011

    9 de Setembro - dia do Médico Veterinário

    Ser Veterinário
    Anônimo
    "Ser Veterinário não é só cuidar de animais.
    É, sobretudo, amá-los, não ficando somente nos padrões de uma ciência médica
    Ser veterinário é acreditar na imortalidade da natureza, é querer preservá-la sempre mais bela
    Ser Veterinário é ouvir miados, mugidos, balidos, relinchos e latidos mas, principalmente, entendê-los e amenizá-los.
    É gostar de terra molhada, de mato fechado, de luas e chuvas.
    Ser Veterinário é não se importar se os animais pensam, mas sim, se sofrem.
    É dedicar parte do seu ser à arte de salvar vidas.
    Ser Veterinário é aproximar-se de instintos.
    É perder medos.
    É ganhar amigos de pêlo e penas,que jamais irão decepcioná-lo.
    Ser Veterinário é ter ódio de gaiola, jaula e corrente.
    É perder um tempo enorme apreciando rebanhos e vôos de gaivotas.
    É permanecer descobrindo, através dos animais a si mesmo.
    Ser Veterinário é conviver lado a lado com ensinamentos profundos, sobre amor e vida."

    "Todos podem se formar em medicina veterinária, mas nem todos serão veterinários".

    Foi no dia 9 de setembro de 1933, através do Decreto nº 23.133, que o então presidente Getúlio Vargas criou uma normatização para a atuação do médico veterinário e para o ensino dessa profissão. Em reconhecimento, a data passou a valer como o Dia do Veterinário. Mas escolas de veterinária já existiam no Brasil, desde 1910.

    É chamada de medicina veterinária a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças dos animais domésticos e o controle de distúrbios também em outros animais.

    Pessoas se dedicam a tratar de animais desde os tempos antigos, desde que começaram a domesticá-los. A prática da veterinária foi estabelecida desde 2.000 a.C. na Babilônia e no Egito. Porém, segundo alguns registros encontrados, remonta a 4000 a.C.

    O Código de Hammurabi, o mais completo e perfeito conjunto de leis sobrevivente, que se encontra hoje no Museu do Louvre francês, desenvolvido durante o reinado de Hammurabi (que viveu entre 1792 e 1750 a.C.) na primeira dinastia da Babilônia, já continha normas sobre atribuições e remuneração dos "médicos de animais".

    Na Europa, a história da veterinária parece estar sempre ligada àqueles que tratavam os cavalos ou o gado. Os gregos antigos tinham uma classe de médicos, chamada de "doutores de cavalos" e a tradução em latim para a especialidade era veterinarius. Os primeiros registros sobre a prática da medicina animal na Grécia são do século VI a.C., quando as pessoas que exerciam essa função - chamados de hippiatros (hipiatras, os especialistas da medicina veterinária que tratam dos cavalos) - tinham um cargo público. As escolas de veterinária surgiram na Europa no meio do século XVIII, em países como Áustria, Alemanha, Dinamarca, Espanha, França, Inglaterra, Itália, Polônia, Rússia e Suécia.

    O marco do estabelecimento da medicina veterinária moderna e organizada segundo critérios científicos é atribuído ao hipólogo francês Claude Bougerlat, na França de Luís XV, com a criação da Escola de Medicina Veterinária de Lyon, em 1761. A segunda a ser criada no mundo foi a Escola de Alfort, em Paris.

    O Imperador Pedro II esteve, no ano de 1875, visitando a escola parisiense de Medicina Veterinária de Alfort e com a boa impressão que teve, decidiu criar condições para o aparecimento de instituição semelhante no Brasil, porém as duas primeiras escolas do gênero só apareceram no governo republicano: a escola de Veterinária do Exército, em 1914, e a escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, em 1913, ambas no Rio de Janeiro.

    O capitão-médico João Moniz Barreto de Aragão, patrono da medicina veterinária militar brasileira, foi o fundador da Escola de Veterinária do Exército em 1917, no Rio, mas a profissão não tinha regulamentação até o Decreto de Getúlio Vargas, de 9 de setembro de 1932, que vigorou por mais de trinta anos.

    Para o exercício profissional passou a ser exigido o registro do diploma, a partir de 1940, na Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário do Ministério da Agricultura, órgão fiscalizador da profissão.

    A partir de 1968, com a lei de criação dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, foi transferida aos conselhos a função de fiscalizar o exercício dessa profissão e é também onde se faz o registro profissional.

    A formação em medicina veterinária dura, em média, cinco anos, com os dois primeiros anos tratando das disciplinas básicas anatomia, microbiologia, genética, matemática, estatística, além de nutrição e produção animal. Depois é a vez de estudar as doenças, as técnicas clínicas e cirúrgicas e então optar pela especialização.

    As especializações são clínica e cirurgia de animais domésticos e silvestres, e de rebanhos; trabalhar nas indústrias de produtos para animais, acompanhando a produção de alimentos, rações, vitaminas, vacinas e medicamentos; trabalhar em manejo e conservação de espécies, observando os animais silvestres em cativeiro para estudar a sua reprodução e conservação, implantando projetos em reservas naturais; fazer controle de saúde de rebanhos em propriedades rurais ou fiscalizar os estabelecimentos que vendem ou reproduzem animais; usando tecnologia, fazer melhoramentos de qualidade dos rebanhos.




    segunda-feira, 1 de agosto de 2011

    Microchip para identificação de animais

    Olá!
    Você sabia que a identificação eletrônica de seu animal é a forma mais eficaz e segura de fazer com que seu pet fique sempre ligado a você?

    Animais que se perdem pelas ruas, podem ficar doentes, sofrer maus tratos, correm riscos de acidentes e até mesmo de vida! Então, por que não diminuir esse risco com apenas um pequeno microchip?

    Proprietários responsáveis estão cada vez mais se preocupando com seus pets e procurando garantir seu bem estar de forma mais segura.

    A identificação eletrônica tem se tornado obrigatória por lei no Brasil e em  todo o mundo.No município de São Paulo, por exemplo, a microchipagem já é lei desde 2007 para cães e gatos (Lei nº 14.483).

    Mas o que seria esse tal de Microchip??

    O microchip nada mais é que um minúsculo dispositivo eletrônico, que armazena um código numérico único. Não se trata de um rastreador, esse código será como o RG do seu pet! Por isso, implantar um microchip é identificar permanentemente seu animal, e além disso você estará preservando os direitos e o bem estar do seu melhor amigo. Isso, porque proprietários que microchipam seus animais, tem como comprovar a posse em casos de roubo ou furto.

    Mas não se preocupe! a aplicação é simples, rápida, segura e indolor para seu animal! é apenas uma 'picadinha', como uma injeção! Cada espécie animal possui um local específico para a aplicação, que deve ser feita obrigatoriamente por um médico veterinário! ele irá emitir o certificado de microchipagem e cadastar seu animal num banco de dados da internet, e caso ele se perca,você poderá imediatamente comunicar a perda! Animais que vão parar nos centros de zoonoses têm como ser identificados e devolvidos para seus donos em segurança!

    Se interessou?? clínicas veterinárias já estão oferecendo esse serviço! Eu faço a aplicação em domicílio, você não precisa nem tirar o seu gatinho do conforto do lar para identificá-lo e mantê-lo em segurança!