M.V. Beatriz Mattes

M.V. Beatriz Mattes

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Criptococose

A criptococose é uma micose sistêmica, causada pelo fungo Criptococus neoformans. Este fungo possui distribuição mundial e está associado a fezes de pombos, embora muitos gatos infectados não tenham histórico de contato com pombos.

A inalação do organismo geralmente é considerada como via primária de infecção, e a infecção oportunista em animais imunossuprimidos (FIV/FeLV positivos) é bem comum.
Os gatos infectados não apresentam perigo aos humanos nem a outros animais, mas servem como uma sentinela para a percepção da presença do fungo no ambiente.

Os sinais clínicos incluem: espirros, fungadelas e dificuldade respiratória, e o corrimento nasal pode ocorrer de forma variável.
Alguns gatos apresentam inchaço evidente sobre a ponte do nariz, ou uma massa carnuda protraindo-se de uma ou ambas as narinas, os linfonodos submandibulares geralmente estão aumentados e quando o sistema nervoso é afetado pode ocorrer convulsões, cegueira e alterações comportamentais.
A infecção de pele é considerada uma manifestação de doença disseminada e os sinais incluem: nódulos múltiplos ou solitários que parecem ulcerados ou que drenam material gelatinoso, lesões abertas que não cicatrizam, lesões na câmara posterior do olho, e há relatos de pupilas dilatadas e não responsivas, coriorretinite e neurite óptica.

O diagnóstico é feito pelos sinais clínicos, especialmente por edema, assimetria, corrimentos nasais ou presença de massas e úlceras, e suspeitando-se deve ser realizado o exame citológico dos aspirados, cotonetes ou material exsudativo.

O tratamento é realizado com antifúngicos e o prognóstico no geral é bom, exceto para os animais imunossuprimidos ou gravemente debilitados, e com doença avançada. Estes possuem prognóstico reservado.

Frajola, diagnosticado a um mês por citologia e em tratamento para criptococose.