M.V. Beatriz Mattes

M.V. Beatriz Mattes

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Complexo Gengivite Estomatite dos Felinos

É uma doença da cavidade oral comum em felinos, que resulta em inflamação grave e cronica e ulceração de gengiva, mucosa alveolar, palato mole, lábios, língua, faringe e orofaringe.

Apesar de uma única etiologia não ter sido ainda determinada, é provável que seja uma doença multifatorial refratária com um componente imunomediado. Mesmo com uma correlação com numerosos agentes bacterianos e virais, nenhum foi identificado como dominante comum para a doença.

Animais infectados pelos vírus da Leucemia e Aids felina são mais predispotos.

Existem duas formas principais, o primeiro tipo, a condição é quase congênita, porque sinais detectáveis comumente se manifestam logo que os dentes descíduos aparecem e geralmente continuam ao longo da vida do animal. Nessa forma, existe uma boa razão para considerar a transmissão placentária da infecção ou condições hereditárias que podem deixar o animal susceptível a doença.

O início da forma secndária é usualmente ao redor dos sete anos de idade e normalmente continua ao longo da vida do gato.

Os sinais clínicos variam de acordo com o tipo e gravidade das lesões  e incluem halitose, ptialismo, relutância de permitir o exame da cavidade oral, cabeça recuada alterações comportamentais agressivas, pateamento de face, redução dos hábitos de toalete, dificuldade de apreensão de alimentos, preferência por alimentos úmidos, ciclos de anorexia e perda de peso e linfoadenopatia submandibular.
Alguns pacientes apresentam períodos de remissão dos sinais clinicos.

Roger, SRD, 8 anos. Os sinais são inflamação dos tecidos moles orais e alterações proliferativas.


Por ter uma etiologia tão complexa, torna-se muito difícil uma cura a 100%
O tratamento baseia-se em uso de antibióticos, drogas imunossupressoras e profilaxia dentária, assim como manejo da dor.
Em casos refratários, pode-se optar pela extração parcial ou total dos dentes, mas alguns pacientes ainda apresentarão lesões e irão requerer terapêutica médica após esses procedimentos.




segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

HEMOPLASMOSE FELINA: O perigo das pulgas!

A Hemoplasmose felina, também é conhecida como Anemia Infecciosa Felina e é causada por uma bactéria que parasita os eritrócitos, chamada Mycoplasma haemofelis, gram negativa, firmemente aderida a membrana do eritrocito, hoje é considerada um micoplasma, anteriormente era considerado uma riquétsia (hemobartonella fellis)
A transmissão se dá principalmente por meio de vetores artrópodes, que são as pulgas, mas também há transmissão vertical.


Os gatos afetados geralmente apresentam palidez, prostração, picos febris, icterícia e esplenomegalia (aumento do baço).

Palidez de mucosas

O diagnóstico é feito através de exames de sangue, hemograma completo e pesquisa do parasita em lamina. Existe também testes específicos por PCR. Os animais positivos devem ser testados para FIV/FeLV, pois se trata de um microrganismo oportunista.

Pinochio: diagnosticado com Mycoplasma haemofellis

O tratamento é baseado em antibióticos adequados, suplementos, em alguns casos corticoides e muitas vezes há necessidade de transfusão sanguínea.
O gato tratado geralmente se torna portador, não podendo mais ser um doador de sangue. Raramente ocorrem recidivas, exceto nos casos de animais FIV ou FeLV positivos.

O controle das pulgas é uma forma eficaz de prevenção!